Peça-chave #70: o que pavões nos ensinam sobre marketing?
A incrível relação entre seleção sexual e conteúdos virais
Senhoras e senhores, antes da News de hoje, três anúncios rápidos:
Hoje, 09/04 às 19h, vou fazer uma Live sobre “Como Criar uma Estratégia de Marketing Que Realmente Gera Resultados”! Quer participar? Basta entrar no grupo VIP de Whatsapp para receber o link na hora. Não vai ficar gravada, hein!
Acabamos de lançar um curso novo de Marketing Pessoal no LinkedIn, para quem quer aprender a aumentar suas chances de sucesso na carreira. O instrutor é nada mais, nada menos, que o Top Voice Dimitri Vieira. Já disponível para assinantes da PbyP School!
Se você quer realmente levar sua carreira a sério, o Dimi está com poucas vagas em sua consultoria de 30 dias para você se destacar no mercado e conseguir subir na carreira!
Agora chega de propaganda, porque isso aqui não é o Youtube. Bora?
O que um anel de diamantes, uma cartinha escrita à mão, e os vídeos ridículos de rotinas matinais no Youtube têm em comum?
Primeiro, que são objetos considerados valiosos. Isso pode ser refletido no preço, no valor sentimental, ou na quantidade de visualizações.
Segundo, é que todos eles sinalizam algum tipo de esforço.
Um diamante é uma pedra cara, que demonstra um esforço por parte de quem comprou para obter o dinheiro necessário.
Uma carta escrita à mão e entregue pessoalmente mostra que a pessoa se dedicou para te passar essa mensagem, ao contrário de um email ou mensagem no Whatsapp.
Nos vídeos do Youtube, o esforço é a disciplina: acordar cedo, fazer 32 coisas
antes das 6h da manhã .
Talvez você não note mas, inconscientemente, é exatamente o esforço que gera a percepção de valor.

Ou melhor, sendo mais específico: a sinalização do esforço é que gera essa percepção. Pegue por exemplo os vídeos fitness de rotina matinal, é tudo uma encenação, mas nosso cérebro animal ainda enxerga valor nesses sinais.
Isso tem nome: “costly signaling theory”, a teoria dos sinais custosos:
"A importância que atribuímos a algo é sentida em proporção direta ao custo com que isso é comunicado."
Ah, e entendê-la vai te ajudar a não perder seu emprego para uma IA.
Com origem na biologia (Princípio de Handicap), em que indivíduos que demonstram evoluções “custosas” são vistos como mais atraentes pelas fêmeas. É essa seleção sexual que fez, por exemplo, que pavões macho tivessem caudas exuberantes.
E, claro, como somos também animais, após milhões e anos de evolução utilizamos esse princípio para ganhar cliques e, claro, fazer marketing.
Um anúncio no Superbowl, por exemplo, segue esse princípio: só o fato de uma empresa estar veiculando no espaço mais caro da TV já gera valor para aquele comercial. Mesmo que seja uma porcaria.
E, claro, na Internet os exemplos são infinitos:
Talvez você ache que esses exemplos acima são bestas ou inúteis, mas eles souberam explorar bem a “cost signaling theory” e ganhar milhões de visualizações.
E você pode fazer o mesmo - gastando muito menos - se também seguir o princípio. Por exemplo:
Escrever uma carta à mão para seus clientes em momentos especiais, ao invés de somente enviar um email automatizado. Um presente junto também ajuda!
Criar conteúdos que dão trabalho para serem feitos, compartilhando o processo, por exemplo. Falei disso (e dou exemplos), na edição #59 dessa Newsletter
Usar formatos e canais para sinalizem valor para sua audiência. Eventos, materiais impressos, brindes, etc.
No mundo digital o custo percebido de distribuição é zero, logo ele não possui nenhum valor por si só. Então só de usar canais e formatos não digitais, você já se destaca.

“O meio é a mensagem” - Marshall McLuhan (esse cara era esperto)
Quando o custo de criar um conteúdo é simplesmente um prompt, fazer algo que necessite de mais esforço que isso, e evidenciar esse esforço, é um dos melhores caminhos para criar uma percepção de valor impossível de ser recriada por uma IA.
Quando tanto o custo de produção quanto distribuição são essencialmente zero, basta um pouco de esforço para se diferenciar.
Ah, e isso também é verdade para conteúdos genéricos criados por humanos também.
Que tal sermos mais ousados e criativos? Será cada vez mais importante.
Publi própria (de novo):
Uma coisa importante: de nada adianta ser criativo sem estratégia, porque isso é arte, não marketing. Então se você quer aprender, de verdade, como fazer marketing, só clicar no botão abaixo e…