Peça-chave #72: evoluir para o passado (a IA cuida do resto)
Empresas vão morrer, e tá tudo bem. Pessoas terão que fazer diferente
Todo dia sai uma notícia nova sobre IA.
É simplesmente impossível acompanhar tudo mas, acima de tudo, consideravelmente irrelevante.
Pois, assim como no marketing, ficar obcecado por cada objeto brihante não vai te levar a nada. Mas acompanhar as tendências de forma macro, é essencial.
Dito isso, nas últimas semanas houve duas notícias muito interessantes nesse espaço, que acredito que vão refletir muito bem o nosso futuro e, sim, roubar o emprego de algumas pessoas e matar outras empresas no caminho.
Odeio dizer isso, mas acho que é verdade.
Evolução
O primeiro caso foi de Zuckerberg declarando “guerra” aos gestores e agências de tráfego, dizendo que não será mais necessário um humano para fazer anúncios: basta conectar sua conta bancária (óbvio) e determinar seu objetivo.
Aí a própria plataforma vai criar os textos, as imagens, os lances. Magicamente vendas e clientes aparecerão. A IA cuidou de tudo. O FUTURO!
Só tem um problema aí: existe um limite de pessoas no mundo e um limite de atenção. Se você promete que qualquer um pode simplesmente “pedir por dinheiro”, em breve haverá mais anunciantes de dropshipping do que toda a população mundial.
A conta não fecha. Mas o Zuck é um otimista.
Corta para o Google.
Cada dia que passa ele está mais confiante de que consegue responder às nossas perguntas usando IA. E, por mais que a gente não goste, isso é verdade.
Jono Alderson chama isso de “solved query spaces”, ou seja “espaços de consultas resolvidas”:
Um espaço de consulta resolvida é uma área temática na qual o Google já sabe o suficiente para responder à maioria das consultas, com confiança, sem precisar enviar os usuários para outro lugar. O conhecimento já está disponível. Os conceitos são estáveis. As variáveis são conhecidas.
Em parte, a culpa é nossa. Quantos textos sobre “como desentupir uma pia”, “receita de bolonhesa”, etc, a internet precisa?
Na nossa obsessão por SEO, muitos de nós simplesmente nos tornamos agregadores de conhecimentos que já existem e, nesse caso, vamos ficar redundantes.
Isso é o fim do gestor de tráfego ou do SEO? Claro que não.
Um conteúdo com personalidade, que resolve os problemas das pessoas de maneira autêntica e original, ainda terá muito espaço. Na verdade, em pouco tempo será o único tipo de conteúdo que vale a pena fazer.
Todo o resto já foi resolvido.
Seja pelo Google, seja pela Meta.
O gestor de tráfego não poderá ser só quem opera o Meta Ads. Ele terá que entender de posicionamento, proposta de valor, canais offline, e muito mais.
Voltaremos a ter departamentos de mídia, não só performance. É a IA novamente nos mostrando que fundamentos de marketing nunca vão embora, o que muda são canais e formatos.
O segredo pra sobreviver o futuro é evoluir pro passado.
Intervalinho auto-publicitário:
É por motivos como esse do texto que me dedico tanto a tentar ensinar marketing de verdade para as pessoas. Fico feliz que mais de mais de 600 mil alunos já passaram por cursos meus, mas quero entregar sempre algo melhor.
Por isso lancei uma formação presencial, para ensinar tudo que você precisa para aprender marketing, sobreviver e crescer no mundo tomado por IA.
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Fim do intervalinho
Substituição
Enquanto a IA vai obrigar os profissionais de performance e SEO a evoluirem, há algumas funções no marketing que serão simplesmente substituídas por IA.
Um dia desses vi um post do Rian Dutra no LinkedIn mostrando o novo banco de imagens do iFood, gerado 100% por IA. Fiquei pensando se eu gosto ou não:
A verdade é que eu não gosto ou desgosto dessas imagens. Elas são igual a cor bege, sorvete de baunilha e carro cinza: não incomodam, mas ao mesmo tempo não chamam a atenção também.
Ou seja, cumprem exatamente sua função!
Um banco de imagens serve para você ter ativos visuais que te ajudem a montar composições visuais em layouts de sites, propagandas, etc. São imagens para ocupar espaço, que raramente trazem algum significado.
E, como estão disponíveis para todo mundo, não servem para se gerar diferenciação, algo essencial para qualquer marca.
E existe uma indústria gigante de bancos de imagens para te vender essencialmente fotos e ilustrações que só servem para ocupar espaço. Não há mensagem, não há diferenciação, não há humanidade.
Melhor deixar a IA fazer esse trabalho.
Ah, e olha os preços, eles estão pedindo para serem substituídos:
Bancos de imagens provavelmente vão morrer - e eu costumos fala isso com facilidade, igual o resto da Internet - o que vai ser um baque para os fotógrafos, alguns modelos, etc.
A notícia boa é que enquanto empresas se tornam obsoletas, nós humanos sempre poderemos nos adaptar e sobreviver no que vem por aí.
É só começar a prestar atenção e correr atrás. Ah, e entender princípios, não ferramentas.
Pronto, o texto terminou, então um anúnciozinho no final não atrapalha né?
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