Como era de se esperar, a IA matou o SEO.
Acabou tudo.
Profissionais da área foram todos demitidos, nenhuma empresa está empregando nenhum redator.
Blogs foram abandonados e estão acumulando poeira.
Aparecer no Google já não faz mais sentido, pois todo mundo está usando o ChatGPT e outras IAs para encontrar o que precisam.
Uma indústria inteira, destruída do dia pra noite, crianças passam fome.
Mas não se preocupe, agora existe um novo mundo, em que o SEO foi substituído pelo GEO e AIO e seus novo amigos.
Mas 99% das pessoas não sabem disso, e somente quem se antenar para essas mudanças vai fazer muito dinheiro na Internet.
Basta comprar meu curso, minha consultoria e meu método.
Honestamente… haja paciência.
Aposto que você já leu algum texto anunciando o fim do SEO, do funil, do email marketing, dos blogs, do Google, etc.
A boa notícia: nada disso morreu
A outra boa notícia: assim que você ver um conteúdo-obituário desses, pode ignorar a pessoa. Vira uma heurística fácil para ignorar picaretas.
Pessoas que inventam vários nomes novos para uma pequena variação do que já existe se encaixam em alguma das três categorias abaixo:
Gente que quer ganhar curtidas em redes sociais, e parecer inteligente
Gente que quer te vender algo (um curso, uma consultoria) e precisa fazer com que você se sinta ultrapassado.
Sério, dá uma olhada nessa imagem abaixo. Nada mais é do que complexidade inventada, disfarçada de novidade.

Bem, já reclamei o suficiente (mas acho que é um alerta válido), então bora pro conteúdo prático, que te fez abrir esse email:
[Publi própria] Ah, e se você quer aprender o marketing de verdade, para não ficar sendo enganado por inventadores de siglas, clica aí no botão abaixo e:
O SEO morreu só pra quem não entende de SEO
SEO é sobre entender o que as pessoas estão buscando na Internet, entregar isso para elas da melhor maneira possível e, por consequência, receber tráfego e visibilidade em troca.
É claro que nos últimos 20 anos SEO esteve muito associado a rankear no Google, mas na prática, ele mudou tanto que o que fazíamos naquela época já é quase completamente diferente do que fazemos hoje.
Se pensarmos bem, o SEO raiz, de aparecer em primeiro na SERP composta só de links azuis, já deixou de existir há muito tempo. Ou seja, se você quer insistir que o SEO morreu, é só ignorar que:
Em 2009 tivemos os rich snippets, mostrando informações estruturadas já direto no Google → SEO morreu
2013 tivemos o Hummingbird, que estragou nosso trabalho de super otimização
2014 surgiram os feature snippets, a famosa “posição 0”, que já entregava algumas respostas sem necessitar de cliques.
E muito, muito mais. O Greg Boser fez uma boa provocação sobre o assunto neste tweet aqui.
É fácil esquecer, mas quem já trabalhava com SEO em 2011 (eu fui, eu tava), viu um cenário de preocupação parecido com o lançamento do Panda, pois foi uma grande mudança no algoritmo do Google.
Mas agora que passou, parece menos importante, né?
Nada na vida é tão importante quanto você pensa enquanto pensa nisso.
Daniel Kahneman
É claro que agora o jogo está mudando mais drasticamente, então o SEO precisa se adaptar. Quando pensamos em rankeamento, já é importante começar a otimizar para as IAs (seja o AI overview do Google, seja o ChatGPT e outros LLMs), mas isso não quer dizer deixar de fazer SEO para aparecer na SERP também.

Ok, mas o que isso quer dizer?
Temos que ser mais seletivos ao criar conteúdo para SEO
Rankear no Google ainda é importante, e não deixe ninguém te dizer o contrário!
Mas assim como no passado tivemos que abandonar alguns conteúdos de respostas simples (“qual a altura da Torre Eiffel” já foi um bom termo), agora temos que evitar os espaços de consultas resolvidas, pois eles já são respondidos pelo próprio Google com as IA overviews:
Um espaço de consulta resolvida é uma área temática na qual o Google já sabe o suficiente para responder à maioria das consultas, com confiança, sem precisar enviar os usuários para outro lugar. O conhecimento já está disponível. Os conceitos são estáveis. As variáveis são conhecidas.
Ora, mais uma vez, estamos especializando nossa escrita de acordo com o que o Google faz. Nada de novo aí. E nada de negativo também.
Welcome to the SEO game!
Conteúdo para SEO agora está em todo lugar
Uma das principais características da IA é tentar replicar como nós entendemos as coisas. Ela vasculha várias fontes de dados para “criar” seu conhecimento sobre um tema, uma empresa, uma pessoa, etc.
Durante esse processo, ela está criando “entidades” em sua memória, para organizar seu entendimento do mundo como a gente.
Uma entidade é uma coisa que a IA entende seu nome, atributos, e relação com outras entidades. Ele entende que um martelo é uma ferramenta, feita de metal e madeira, que é usado para bater prego por um marceneiro, por exemplo.
Aparecer no Google, no Perplexity ou ChatGPT é também saber como trabalhar a sua “entidade” online, dando os sinais corretos para os algoritmos para que eles te conheçam e te mostrem no momento da busca.
Avançado, certo? Mas bem, isso já tem nome, chama-se Entity SEO (SEO baseado em entidades) e nasceu lá em 2012 quando o Google anunciou o Knowledge Graph, com a famosa frase “things, not strings (coisas, não frases)”
A principal diferença entre o Entity SEO “tradicional” e hoje é que as IAs avaliam múltiplos lugares e formatos (Google, claro, sendo um dos mais importantes) então é importante ter uma presença muito bem pensada, com criação e distribuição em vários canais.
Rankear bem e dar sinais claros de qualidade para o Google
Ter reviews em sites, e-commerces, etc
Ter vídeos do Youtube falando de você
Aparecer em menções na imprensa
Ser mencionado em comunidades e sites como o Reddit
Possui um site completo e útil
e muito mais
Tudo isso é avaliado pelas IAs ao definir se você será mencionado ou não. Curiosamente - e não coincidentemente - lembra muito uma estratégia de conteúdo para a jornada de compra de um cliente humano.
Interessante, não? E muito bom para o marketing, já que os conteúdos que precisamos criar para SEO estão ainda mais próximos do que criamos para humanos (que deveria ser o foco desde o início)
Conclusão
“Criar conteúdo de qualidade que tire as dúvidas do usuário da melhor maneira possível, otimizado para que você apareça em motores de busca” sempre foi a definição ampla de SEO.
Em 2025 estão tentando nos convencer a Inteligência Artificial vai matar o SEO e nós temos que nos reinventar para algo completamente novo, com um nome completamente novo.
Eu duvido que qualquer uma dessas pessoas vai parar de fazer o SEO tradicional e ir 100% no GEO, AIO, ou qualquer nova sigla. Até porque, não é coincidência que quem rankeia bem no Google, tende a também ser mais citado em LLMs.
A definição não muda. O objetivo não muda. Algumas táticas e ferramentas mudam, claro, mas essa é uma constante do marketing. Quase nada que faziamos cinco anos atrás é igual ao que fazemos hoje.
No final das contas, o principal “hack” para se ter sucesso no SEO em 2025 é continuar fazendo o que a gente sempre fez: conteúdo de qualidade, com boa distribuição.
Consistência é o que ganha o jogo.
Sempre foi.
E aí, concorda comigo ou acha que tô falando besteira?
[Publi própria no finalzinho do texto] Na PbyP você aprender conceitos e princípios de marketing, para não cair em modismos. Conheça os cursos e…
faz super sentido, sim! gostei do texto.