Peça-Chave #74: o que é um e-commerce pra você?
Presença vs canais no mundo das vendas online
Nos últimos anos, aqui no Brasil, a palavra e-commerce se tornou quase sinônimo de vender em marketplaces como Mercado Livre, Magalu ou Shopee.
Curiosamente, eu não tinha percebido isso até virar diretor da Nuvemshop e começar a respirar esse mundo. Minha percepção ainda era aquela de anos atrás, de que e-commerces são lojas online, com site próprio, etc.
Bem, não dá para se manter atualizado sobre tudo o tempo todo 🥲
Essa temática de marketplace e loja própria (D2C - direct to consumer) me atrai muito, porque passa por áreas do marketing como branding, CRO, relacionamento com clientes e muito mais.
Então nessa edição quero focar no motivo porque eu acho que e-commerce ser sinônimo de marketplace é uma péssima ideia (conceitualmente).
Ah, mesmo se você não for do e-commerce, acredito que vá achar a leitura valiosa.
Mas antes, um passo atrás:
Publi (minha mesmo, já que estou organizando o evento)
Se você tem um e-commerce - ou quer abrir um, tenho um convite imperdível para o D2C Summit, o evento da Nuvemshop para fazer suas vendas decolarem!
Vai ter muita coisa legal, eu vou estar lá palestrando (não resisto), junto de muita gente legal! Dois dias inteiros de muito conteúdo, networking, e uma experiência animal!
E para você, tenho um cupom de 50% de desconto: 50Pecanha (não cumulativo com outros ingressos promocionais)
Ah, ainda não sabe se vale a pena? Até o final da Newsletter você muda de ideia :)
(e não, não é uma newsletter promocional, aqui sempre tem conteúdo de qualidade)
Bora pro conteúdo:
A importância dos canais próprios
Se você me acompanha há um tempo, ou já assistiu alguma aula minha sobre canais de marketing, provavelmente já viu o slide abaixo, que eu uso para explicar como é essencial que você crie uma audiência em canais próprios.
Depender exclusivamente de canais em que você não possui o controle da distribuição é viver perigosamente.
O Instagram pode decidir bloquear sua conta, ou limitar o alcance de suas postagens.
O Google, que sempre mudou muito, agora parece ter entrado no modo turbo para acabar com os cliques para os resultados (mas isso não quer dizer que SEO morreu)!
O Twitter, bem, nem preciso falar muito de lá né?
De maneira nenhuma temos que deixar de usar esse canais, claro, mas é essencial ter um mix que te protege da loucuras das plataformas e te permita alcançar diretamente seu público, com maior liberdade e flexibilidade para passar sua mensagem.
Quem escolhe seguir você em canais próprios é uma audiência muito mais qualificada e engajada também. Mais de 20 mil pessoas abriram a última edição da Peça-Chave. Isso é muito mais valioso que 500 mil visualizações em qualquer reel meu.
No e-commerce, essa situação é ainda mais grave, pois a “terceirização” pode ir muito além só da promoção e permear toda sua presença online.
E isso torna quase impossível construir uma marca e um bom relacionamento com clientes.
Marketplaces vs D2C
A grande vantagem de se vender em um marketplace é que em pouco tempo seu produto já está online, pronto para ser visto e comprado, com meios de pagamentos e até mesmo logística já prontos.
Claro, tudo isso em troca de:
Não conseguir mudar o layout da sua “loja” (página, na verdade) para ficar com sua cara
Não conseguir melhorar a interface para aumentar sua conversão
Ser proibida de coletar os dados pessoais dos clientes para comunicação direta
Pagar taxas altas e, se quiser visibilidade, pagar para aparecer em destaque
“Putz, então não faz sentido anunciar em marketplace?”
Claro que faz. Mas a palavra-chave aqui é “anunciar”. Sim, assim como no Meta Ads. Tratar o marketplace como um canal de distribuição te permite criar uma estratégia real, de alto crescimento.
Assim como no meu gráfico de marketing, o objetivo é o mesmo: levar o cliente a conhecer sua loja própria e fidelizá-lo ali! Por que? Aqui vai uma lista beeeem resumida de coisas que você pode fazer só no D2C:
Fazer testes no layout da sua página para aumentar a conversão, como por exemplo colocar vídeos de pessoas usando seus produtos (provador virtual).
Escapar das garras da mídia paga e ganhar tráfego orgânico para páginas otimizadas para SEO (como p. ex., uma página de categoria com uma boa descrição)
Vender mais para os mesmos clientes, pedindo para eles assinarem sua newsletter ou se juntarem a um grupo de Whatsapp para promoções exclusivas.
Pedir feedbacks para esses mesmos clientes, e melhorar seus produtos e serviços
Criar suas próprias promoções de “compre 1 e pague 2”, “40% de desconto no terceiro item”, etc. O céu é o limite.
e muito mais.
Ou seja, no final das contas, o principal é ter controle para ter melhores resultados.
Isso porque eu não falei no mais importante:
Branding
Tente lembrar a última coisa que você comprou no Mercado Livre ou Amazon. Lembrou? Imagino que sim.
Tente lembrar quem era o vendedor. Lembrou? Aposto que não.
Agora lembre-se de algum produto que você comprou no D2C. Lembra? Aposto que sim. E a loja? Também. Acertei?
Ter uma marca própria significa que as pessoas vão lembrar de você na hora de comprar, não do marketplace. Vão indicar a sua loja, não a Magalu. Vão associar a qualidade do produto e serviço a você, não à Amazon.
Quando sua marca fica famosa, tudo fica mais fácil. Não é um trabalho simples (já falei exaustivamente de branding aqui na News, mas quiser aprender mais, recomendo assinar a PbyP School): cliques mais baratos, tráfego orgânico, boca-a-boca, etc.
Se você produz seus próprios produtos, é obrigatório ter sua própria loja D2C (e nem custa muito). Não fazer isso é burri
Se você vende produtos dos outros, é uma puta vantagem competitiva.
Marketplaces + D2C : como fazer?
Se a melhor estratégia é ter a loja própria e usar o marketplace para, além de vender, levar os clientes para lá, como fazer? Apesar de todas as limitações de contato impostas pelos marketplaces, é sempre possível usar a criatividade:
Inclua um cartão com QR Code levando à loja, newsletter ou grupo de WhatsApp no pacote. Dê brindes para quem se cadastrar!
Ofereça benefícios exclusivos fora do marketplace: cupons, lançamentos antecipados, kits especiais. Anuncie isso no seu pacote ou embalagem
Dê brindes mediante cadastro: incentive o cliente a se cadastrar para ganhar algo na próxima compra.
Use mensagens pós-compra com sutileza: agradeça e incentive o cliente a buscar sua loja/marca fora da plataforma (sem violar as regras).
Mantenha o branding consistente: use sempre o mesmo nome e identidade visual para ser fácil de encontrar. Muita gente encontra algo no marketplace, mas busca a loja fora!
Conte a história da sua marca: dê identidade para sua embalagem, inclua algum material que fale da sua marca, etc.
Lembre-se: um cliente que compra pela segunda vez, mesmo com desconto, sai mais barato que conseguir um cliente novo!
Como já diria D. Pedro I: independência ou morte!
Auto-publi final:
E aí, viu o valor do D2C?
Se quiser aprender ainda mais, conhecer muita gente legal do mercado, e ainda ter uma experiência incrível, te convido para participar do D2C Summit, da Nuvemshop!
E para você, leitor(a) maravilhosa(o) da newsletter, tenho um cupom de 50% de desconto: 50Pecanha (não cumulativo com outros ingressos promocionais)
Sim, eu estou na organização e serei palestrante (não resisto), então também dá pra bater um papo comigo!
Te vejo lá!