Peça-chave #58: Guia prático para escolher seus canais de marketing
Minha metodologia testada e comprovada
Olá, e bem-vinda(o) a mais uma Peça-Chave.
Atendendo a pedidos (na caixinha do Instagram), hoje quero fazer uma edição com um conteúdo mais educativo, sobre como escolher seus canais no marketing.
Vou mostrar alguns princípios para escolhas de canais, os erros mais comuns e como fazer o melhor uso deles. Ah, e minha metodologia, no final.
Esse tipo de conteúdo é também uma pequena parte do que será tratado na formação presencial, que já é semana que vem. Então me permita um parágrafo de jabá (até porque o curso está ficando muito bom):
Início do Jabá (fundo de funil)
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As vagas estão se esgotando rapidamente, então não enrole! Ah, e lembrando que quem entrar em contato direto no Whatsapp por aqui, consegue um preço especial de leitor da Newsletter!
Fim do jabá
Um canal, no marketing digital, é o lugar em que a audiência irá encontrar seu conteúdo. Existem vários tipos de canais, com características distintas.
Ao longo da minha carreira existem três erros que eu vejo serem feitos repetidamente na hora de escolher canais, e quero começar essa Newsletter por aqui:
Os três principais erros ao escolher canais
Erro 1: Começar seu marketing definindo canais
Eu já falei isso exaustivamente em minhas palestras, no meu curso gratuito de Marketing de Conteúdo e nos meus cursos pagos: primeiro você decide seu público, sua marca, seu objetivo, aí chega no tático e define canais.
Infelizmente é comum que alguém (geralmente um chefe que não entende de marketing) decide que “precisamos estar no TikTok”, “temos que ter um Blog”, ou algo assim.
Isso acontece quando esse canal - geralmente novo, veja o erro 3 abaixo - está tendo muita visibilidade na mídia, ou o concorrente está investindo nele.
É o clássico FOMO (Medo de ficar de fora), misturado com falta de planejamento. Não caia nessa.
Erro 2: Tentar estar em todos os lugares
Em um mundo ideal, com recursos ilimitados, estar presentes em todos os canais possíveis é algo positivo, mas a realidade é que nem mesmo as grandes empresas possuem dinheiro para isso.
E, à medida que você vai escolhendo mais canais, o impacto do próximo vai diminuindo, até chegar um momento em que não vale mais o custo e se torna uma distração.
Se você está começando, escolha 2 a 3 canais principais, os domine, e gere resultados. Acima disso, só se for baixo esforço ou puramente para testes.
Erro 3: Ser atraído por objetos brilhantes
Esse é um erro bem comum em grandes empresas, com CMOs que não entendem muito de marketing digital. Basicamente é ver o que existe de novidade e achar que, por ser novidade, é um bom investimento.
Volte poucos anos e você vai encontrar estratégias de sucesso em Realidade Virtual, MBA de marketing no Metaverso (esse me assusta), guia de como bombar seu marketing com NFTs e muito mais.
Gente, se você não é tipo a Melissa, que tem grana infinita e pode fazer um NFT de sandália só pra gerar visibilidade na imprensa, foque no que ainda funciona.
Guia rápido dos tipos de canais
Existem três categorias de canais (mídias): pagas, adquiridas e próprias. Acho que o nome e os exemplos do gráfico abaixo são bem auto-explicativos:
Uma estratégia mais avançada de marketing precisa estar presente nos três tipos de canais, mas se você está só começando, essa é minha sugestão:
Própria: um site e um perfil em redes sociais eu acho obrigatório em qualquer caso. São simples de fazer e aumentam sua chance de ser encontrado. Comentarei abaixo sobre outras mídias próprias.
Adquirida: apesar de ser gerada “organicamente” (você não cria ou paga por isso), comece já gerando conteúdo de qualidade para tentar conseguir menções, etc.
Paga: opcional no início, mas acelera os resultados. Idealmente você usa mídia paga para gerar brand awareness e capturar demanda criada por outros canais.
Dito isso, eu sou a favor de sempre possuir um canal próprio de distribuição de conteúdo, como por exemplo Newsletter ou Podcast. Assinantes desses canais são os mais engajados com a marca e você não depende de algoritmo para entrega:
Expor sua audiência ao seu conteúdo, em vários lugares e com frequência, é o que vai fazer a sua marca ser reconhecida.
Como escolher seus canais?
Basta responder às perguntas abaixo:
Onde eu encontro minha persona? O mais importante, afinal, temos que ir até onde nosso público está.
Qual o objetivo do canal?
Conversão? Newsletters, blog com CTAs, materiais ricos, mídia paga, etc
Alcance? Blog, redes sociais, mídia paga, etc
Brand Awareness? Na prática, todos servem para isso, mas alguns mais específicos são propagandas, eventos, etc
Suporta meu produto/serviço? LinkedIn é bom para serviços profissionais e reputação pessoa, Instagram é bom para varejo, etc.
Eu tenho recursos suficientes? Gerar conteúdo custa tempo e dinheiro, leve isso em conta.
Uma vez escolhido seus canais, determine em qual momento do funil cada um será mais usado, crie um mapeamento de conteúdo e um calendário editorial (infelizmente não vou ensinar a fazer isso aqui na Newsletter, para não ficar gigante, mas tenho aulas sobre isso).
Como produzir muito conteúdo de qualidade (meu método favorito e comprovado)
Eu já fui líder de equipes de marketing de até quase 40 pessoas, hoje na PbyP sou só eu e a Adriana. São duas situações bem diferentes, mas em ambas eu sempre apliquei os princípios acima e o método que vou mostrar agora, com níveis diferentes de complexidade.
Ah, já vou avisando que não tem nenhum hack, sacada ou fórmula aqui. É um Arroz com Feijão bem feito, focado em resultados sólidos. Bora?
A regra número um é reutilizar conteúdo. A parte mais difícil de se criar conteúdo é realmente pesquisar o conteúdo em si, a informação, e gerar algo novo a partir daí.
Uma vez que isso foi feito, adaptar para vários formatos é simples
[Estou ignorando criação de conteúdo 100% por IA aqui. Ainda acho que é uma péssima ideia fazer isso no marketing - além de nos tornar idiotas. Na edição #12 eu falo sobre isso, que chamo de mediocridade voluntária]
Meu sistema funciona assim:
Tenha um canal “fonte”, que será seu conteúdo mais longo e elaborado. No meu caso eu tenho dois formatos favoritos:
Newsletter: toma tempo, mas eu gosto do exercício da escrita. Além disso, é um canal próprio de alto engajamento. Eu escrevo 1x por semana.
Webinar: é muito fácil de fazer, basta ter uma webcam e um convidado. O papel de um webinar na jornada pode variar (gerar leads ou não, etc). Mas o importante aqui é que 1h de vídeo é muito conteúdo! Então não se preocupe também se houver pouca gente assistindo no início, esse conteúdo será útil do mesmo jeito.
Crie os conteúdos derivados, de acordo com a estratégia, baseados no canal “fonte”. Por exemplo, uma Newsletter como essa pode virar facilmente 10 postagens em redes sociais (e provavelmente vai).
Você pode fazer manualmente, ou até pedir ajuda para a Inteligência artificial. O que eu gosto de fazer é ir no ChatGPT, copiar e colar o texto da news e jogar o seguinte prompt:
“o texto abaixo é uma newsletter, escrita por mim. Use ele de referência de conteúdo e estilo e me sugira ideias para: 3 postagens no feed do Instagram, 2 reels, 5 stories”.
É um grande atalho para se ter ideias. Claro, eu nunca copio e colo o que o ChatGPT me traz, mas simplifica muito. Veja o resultado (parcial) desse prompt para a edição #12 da Newsletter. O que achou?
No caso de webinars, o processo é o mesmo, mas aí é importante usar outra IA para extrair a transcrição. Eu adiciono um passo extra de criar uma versão resumida da conversa, antes de pedir as postagens de redes sociais.
Teste o que funciona para você, na verdade!
[Spoiler: eu e o Rafael Milagre estamos criando um agente de IA que irá ler todas as minhas Newsletters e sugerir novos conteúdos automaticamente. Em breve disponível para assinantes também]
Preencha o calendário editorial: pronto, agora é só escolher quais conteúdos serão criados e encaixar no calendário editorial!
Ah, outra coisa muito útil é ver quantos canais suportam o mesmo formato de conteúdo, mesmo que não seja um dos canais essenciais para você, e publicar neles. Nesse caso, o esforço será tão baixo que vale a pena.
Eu, por exemplo, publico a Newsletter no email e no LinkedIn. Faço reels para o Instagram, mas posto exatamente a mesma coisa no TikTok. Tudo isso é literalmente copiar e colar, então vale a pena!
Se o investimento é quase zero, o ROI tende a ser infinito ;)
Considerações finais
Uma nota importante é que eu não recomendo usar 100% de conteúdo reutilizado em seu plano. Esse é um método que ajuda a manter a frequência, sem perder autenticidade, mas é bem focado em conteúdo topo de funil e engajamento. Ainda é necessário criar conteúdos originais para:
Fundo de funil: falar da sua marca, produtos, promoções, etc
Análises de novidades: eu faço reels, por exemplo, sempre que tem alguma notícia relevante no mercado. É rápido e dá ótimos resultados.
Mídia paga: a dinâmica do PPC é bem diferente, então é um canal a ser tratado separadamente
Pronto! Agora é só publicar com frequência, manter o plano rodando e ir ajustando ao longo do caminho.
Ou seja, fazer marketing :)
Espero que tenha sido útil
Achou esse conteúdo útil? Esse é um pequeno exemplo do que você encontra nas mais de 100 horas de conteúdo da PbyP:
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Meu objetivo é formar um profissional diferenciado, que sabe tanto colocar a mão na massa (o que é essencial), quanto fazer toda a parte de gestão para a empresa crescer. Conhecimentos comprovadamente valorizados pelas empresas.
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